Endodontia – Um Sorriso para a vida

ENDODONTIA

A CUIDAR DESDE 1997

Endodontia

A Endodontia é a Área da Medicina Dentária que tem como objetivo a preservação do dente por meio de prevenção, diagnóstico, tratamento e controlo das alterações da polpa e dos tecidos peri-radiculares.
Uma endodontia, vulgarmente conhecida por desvitalização, é um tratamento conservador, realizado quando a polpa (nervo e outros tecidos que se encontram no interior do dente) se encontra inflamada ou sem vitalidade.
O propósito final de um tratamento endodôntico não cirúrgico ou “desvitalização”, como é vulgarmente conhecido, é garantir que os tecidos que circundam o dente mantenham ou recuperem um estado saudável apesar do facto de a polpa dentária ter estado sujeita a alterações degenerativas e/ou a infecção bacteriana.
O espaço da polpa é limpo, preparado e preenchido por um material biocompatível para promover o selamento dos canais dentários e impedir, ou pelo menos dificultar, a entrada de bactérias.
Normalmente uma desvitalização é executada em várias sessões de forma a permitir uma evoluçao favorável e atinguir o sucesso de todas as etapas do tratamento. Depois do dente ser desvitalizado deverá ser recuperado através de uma coroa, ou de qualquer outra restauração que permita adquirir a função perdida.
Se este tratamento não for feito levará à degradação do dente.
Quando é que se recomenda a desvitalização de um dente?
De um modo geral, este tratamento é indicado em três situações:
1) Quando a polpa dentária apresentar uma inflamação irreversível, com dor espontânea (pulpite);
2) Quando a polpa perde a vitalidade (polpa necrosada) e compromete a estrutura que envolve a raiz, provocando inflamação na membrana periodental e do osso de modo assintomático (quistos) ou com dor (abcessos);
3) Quando o dente se torna necessário como suporte para uma prótese fixa. Nestas situações, torna-se necessário fazer o desgaste do dente para a colocação de coroas.
É recomendavel fazer o controlo clínico-radiográfico 6 meses após o tratamento e até ao desaparecimento da lesão.
Fases do tratamento:
É necessário fazer o acesso ao interior do dente para que seja possivel a desinfecção e conformação dos canais radiculares. É conseguido com recurso a instrumentos denominados limas, sejam eles usados manualmente ou mecanicamente. A desinfecção é obtida através da irrigação abundante de soluções antibacterianas.
A finalização do tratamento faz-se com o preenchimento dos canais com um material derivado da borracha, chamado guta-percha, que é colocado numa consistência plástica. Terminado o tratamento endodôntico, o acesso é provisoriamente selado, até se agendar a reconstrução definitiva da coroa dentária.
Informação adicional:
A polpa dentária é o orgão (composto por nervos, vasos sanguíneos, etc.) que se encontra no interior do dente e vulgarmente chamado, embora de forma errada, de “nervo”.

Apesar de serem várias as origens possíveis da patologia pulpar, como os traumatismos dentários, os tratamentos restauradores dentários repetidos, etc., não há dúvidas que o maior responsável é a cárie dentária. Quando a agressão provocada pela cárie dentária começa a atingir zonas mais profundas do dente, a polpa dentária fica inflamada. Surgem normalmente dores ao frio.

Se esta agressão continuar, sem que o dente seja tratado, o estado inflamatório torna-se de tal maneira avançado, que a polpa dentária perde a capacidade de defesa e recuperação.

Perante este estado irreversível, normalmente acompanhado por dores intensas e prolongadas ao frio, ao quente, ou mesmo espontâneas e/ou abcesso torna-se necessária a remoção completa da polpa dentária, ou seja, a realização de um tratamento endodôntico.

Quando surge uma infecção, por exemplo por bactérias, o organismo transporta glóbulos brancos de e para a zona infectada (pelos vasos sanguíneos e linfáticos) de forma a combater as bactérias causadoras da infecção. Na maioria dos casos o organismo vencerá esta batalha e destruirá as bactérias nocivas. Saiba porque nos dentes as infecções se comportam de maneira diferente.
O problema que existe no caso dos dentes, quando sujeitos a infecções, é que uma vez começando o tecido nervoso do dente (polpa dentária) a degenerar e as bactérias a multiplicar-se no seu interior, não existe maneira efectiva dos glóbulos brancos chegarem até às bactérias para as combater. Os vasos sanguíneos e linfáticos contidos na própria polpa dentária, e que serviriam para esta função, começam a degenerar também.
Perante este cenário, o corpo humano conseguirá na melhor das hipóteses suster a infecção no interior do dente. Na pior das hipóteses, a infecção bacteriana sobrepõe-se às defesas do organismo, surgindo dor e inchaço (abcesso agudo).

Para que o dente possa ser conservado na boca, é mandatório fazer o tratamento endodôntico do dente afectado.

É fundamental que o dente seja reabilitado o quanto antes, seja com uma restauração, incrustação cerâmica ou coroa fixa. Só assim o dente fica com uma protecção total, tanto ao nível dos canais radiculares, como da coroa dentária. Se o grau de destruição do dente for elevado, pode ser ncessário colocar um espigão intra-radicular, para garantir maior retenção para uma futura reabilitação.
Não se pode esquecer, no entanto, que um dente sujeito a este tratamento não fica imune a novas cáries. Inclusivamente, o dente “desvitalizado”, ao perder todo o conteúdo nervoso do seu interior, deixa de sinalizar as agressões dentárias. Por este facto, é essencial que sejam feitas consultas de controle periódicas pelo seu médico dentista.
O retratamento endodôntico não cirúrgico é sempre a primeira opção quando surge um fracasso de um tratamento endodôntico prévio.

O retratamento envolve a remoção dos materiais obturadores antigos dos canais, nova desinfecção e conformação de todos os canais, identificação e correcção dos problemas encontrados no tratamento prévio, se possível, e por fim novo preenchimento dos canais com material selador. Trata-se geralmente de um procedimento de dificuldade elevada. Alguns problemas existentes no tratamento prévio podem não ser corrigíveis, sendo neste caso a microcirurgia endodôntica uma alternativa.

São variadas as razões pelas quais um dente pode necessitar um retratamento endodôntico:
Canais estreitos ou curvos que podem ter ficado por tratar, anatomia complexa dos canais que não foi detectada no primeiro tratamento, a coroa do dente pode não ter sido restaurada a tempo de evitar recontaminação, a saliva pode ter contaminado o dente se a restauração não estava bem adaptada, acomulação de placa bacteriana, uma infecção pode ter surgido porque uma nova cárie expôs os canais radiculares a bactérias, a coroa ou restauração pode ter ficado solta ou ter partido, expondo o dente a nova infecção.

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